segunda-feira, 23 de julho de 2007

Barco


O poema vem do acaso
vem de um descuido
eu me destraio
e ele surge.
O poema vem de um suspiro
vem com o vento
vem com a dor, e
com o sorriso.
Ele vem no preto e branco
do passado
ou no mais colorido futuro.
Agora chove lá fora,
e a chuva na varanda
é uma boa pedida.
O poema molhado da chuva.
No fundo a paisagem é um mar.
O mar da tranqüilidade,
o mar da distração.
E no horizonte vem um barco,
e lá vem o barco...
Um barco cheio de poemas.

(Cássio Almeida)

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