domingo, 31 de maio de 2009
Uma sala dominada pelas mulheres
Como muitos sabem, eu cursava Geografia na Universidade Federal de Pelotas. Um curso onde a maioria na sala de aula eram pessoas do sexo masculino. Fiz grandes amizades.
Agora estou cursando Turismo, na mesma faculdade, e para a felicidade geral da nação e principalmente minha, é uma sala dominada pelas mulheres. Um contraste e tanto. Será quatro anos e meio de convívio com essas queridas colegas. E eu, um sonhador por natureza, já penso o que nos tornaremos no fim desse ciclo, o tamanho das nossas amizades, quantos sorrisos e angústias iremos compartilhar. Tudo que fizemos, tudo ficará guardado.
Mas por enquanto, ainda estamos naquele clima de inicio de curso. Cada um se conhecendo melhor. Mas aí que surpreendo-me com essas minhas adoráveis colegas. Parece que se conhecem há anos, pode parecer machismo de minha parte, mas nunca vi um grande grupo de mulheres como esse se dar tão bem.
Acredita que esses dias trocaram presentes entre elas lá no fundo da aula, sim, motivo: Apenas amizade. Simplesmente trocaram presentes uma com a outra pelo fato de serem amigas. E fiquei pensando se aquela história que amizade verdadeira só acontece com homens, é verdadeira. Elas estão quebrando esse estigma.
Espero que essa amizade entre elas dure pro resto da vida mesmo.
Pois eu fiquei pensando também, imagina uma sala de aula cheia de mulheres sem se darem bem. Imagina todas com TPM ao mesmo tempo, seria o início da 3° Guerra Mundial. O Holocausto da vida moderna. Mas pelo pouco que as conheço, não acontecerá. E eu testo a paciênca delas, mas elas sabem que o carinho é reciproco.
Enquanto elas ficam lá trocando presentes, paparicando-se, conversando sobre tudo, ficam os meus colegas e eu falando sobre futebol, sobre futebol, e é claro, sobre elas, as mulheres.
Ah! essas minhas colegas!
Por mais que o mundo mude, e as mulheres comecem a tomar os lugares onde antes era só dos homens, por mais que elas sejam mulheres modernas, com atitude. Nos resta ficar em silêncio, e adimirá-las. Pois o tempo passa, mas não somos nada sem a delicadeza da presença delas.
(Cássio Almeida)
segunda-feira, 25 de maio de 2009
A felicidade bate à porta
quarta-feira, 20 de maio de 2009
As bergamotas
O inverno está chegando...
E junto também chega a preguiça de acordar. O inverno me faz cometer esse pecado, a preguiça. Acordar naquele clima frio é quase uma tortura, a vontade que se tem é de nunca mais levantar, ficar deitado para sempre. Das estações, se tem uma que eu dispenso, é essa estação do frio.
Quando chega o inverno, também chega-me um pouco de mau humor. Odeio passar frio, e odeio ter que me encher de roupas pra fazer passar o frio. Fosse verão o ano todo, um par de chinelos e uma bermuda já me bastava. No inverno viramos um robô, de tanta roupas que usamos.
Eu gosto é de verão. Verão por si só já deixa as pessoas mais felizes, uma noite de verão é quase insubstituivel. Há quem reclame do sol escaldante do verão e do abafamento que se tornam os dias, mas prefiro derreter no verão, do que congelar no inverno.
Um dia um amigo me disse: _Se não fosse o inverno, tu nunca teria comido bergamota! Eu nunca tinha pensado nisso, eu adoro bergamota. E comecei a pensar nas belas coisas que nos propicia esse clima gelado. Coisa boa tomar um chocolate quente com merengue, comer um fundue de queijo, ver um filme abraçadinho, sentar em frente ao fogo da lareira, e quem tem sorte poder brincar com a neve.
Realmente são coisas muito boas de se fazer no inverno. Mas aí eu fico pensando novamente, inverno é bom para as pessoas que podem fazer isso tudo, e as pessoas que não podem? No inverno as pessoas sofrem mais, pelo simples fato que o frio não perdoa. Imaginem as pessoas que vivem na rua, e têm que enfrentar por 3 meses esse inimigo invisivel. Não quero dar uma de bom samaritano, é obvio que essas pessoas também sofrem nas outras estações, porém, no inverno, a noite é inimiga.
Todas as estações tem o seu lado de cartão-postal, eu não nego, mas eu ainda prefiro e não troco por nada esse sol que nos aquece. Deixo o inverno para quem gosta realmente, pois entre calor e frio, o calor. Pena que as bergamotas não dão no verão.
(Cássio Almeida)
terça-feira, 19 de maio de 2009
Buenos dias
Há coisas que gostaria de entender...
Coisas que qualquer olhar atento entenderia
mas meu olhar sempre vaga no vazio,
e não entendo.
Não sou nenhum astrônomo
quando muito apenas um admirador do céu.
A lua, o sol, as estrelas,
todo o universo me encanta
mas não entendo como possa existir um lugar sem fim.
Infinito eu achava só o meu coração.
Tudo se precisa de uma partida e uma chegada
mas como encarar o universo sem ter onde chegar.
Não entendo...
Mas não espanta-me essa dúvida
o universo é realmente inexplicável
de lá nós viemos,
mas lá não chegaremos.
Espanta-me não entender certas coisas,
coisas simples,
um olhar que revela,
um olhar que diz tudo,
um suspiro que as vezes nos diz muito.
Um sorriso que abre caminhos,
um beijo que nos faz viajar,
um abraço que nos protege,
uma lágrima que nos rende.
Não entendo muitas coisas
sobre tudo, não entendo a mim.
Não entendo como sempre no fim
o que eu achava que era simples
na verdade é um teorema.
Não entendo tudo,
mas entendo que é assim mesmo,
sem lógica,
sem critério,
assim como é a vida.
Eu não sei como tudo acontece,
mas aposto que o fulano na esquina também não sabe,
e eu tento entender o que as outras pessoas pensam.
Ontem uma cigana me disse buenos dias
e dizia que sabia o que eu pensava.
Se for verdade, ela acabara de montar
o maior quebra-cabeça do mundo.
Mais complicado que o universo
só o universo dos sentimentos,
um bicho de sete cabeças difícil de domar.
No dia que alguém desvendar esse universo
talvez eu entenda o nosso,
e mergulhe nesse universo infinito.
E flutue eternamente,
eu e a solução.
(Cássio Almeida)
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Estranhamente
Estranha sensação de estar longe
mesmo quando está tão perto.
Mesmo assim estranho à falta que você me faz.
Já estranho o jeito do seu jeito
e a voz que ás vezes me diz e acalma,
já estranho.
Estranhamente já me conformo com aquele
olhar perdido que já não me responde.
Só não estranho o que eu sinto
por que na sinceridade não me perco,
as vezes o pecado maior é gostar demais.
Mas não estranho isso,
pois o fim da vida talvez chegue,
mas o fim do amor não.
(Cássio Almeida)
sábado, 9 de maio de 2009
O tempo e o tempo
Quanto mais o tempo passa
menos tempo fica...
Para esquecer os problemas,
para resolvê-los e ainda bem, menos tempo
para acontece-los.
Menos tempo fica...
Para dizer a palavra certa, na hora exata,
no instante mais apropriado, que em muitas vezes
nem sempre o é.
Menos tempo pra correr na chuva,
pra amanhecer na rua,
pra bricar de qualquer coisa,
e a criança pequena cada vez afasta-se mais.
Ficar descalço, deitar na rede, sonhar...
Menos tempo fica para coisas tão simples
que qualquer um diria, não se precisa para isso, o tempo.
Beber um vinho até cair,
jogar bola até dar câimbra,
beijar até perder o fôlego,
uma Coca-Cola bem gelada,
uma carne no fogo,
e um tomate com sal.
Como deixar de cometer o pecado de desperdiçar o tempo,
se não há melhor coisa
que jogar uma conversa fora.
Ainda mais se for com as pessoas especiais.
Não há tempo que diminua o tamanho de uma amizade,
nem o coração abobado, nem um sorriso sincero.
Mas o tempo passa e menos tempo fica...
E por isso entristecer? Que nada!
O tempo nos bate na pele,
mas não nos bate na alma.
Continua o sentimento e assim
segue-se a vida.
No fundo,
o tempo não é de todo o mal,
ele até nos é gentil.
O tempo nos abre a porta,
estende o tapete vermelho,
e nós é que passamos.
(Cássio Almeida)
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