terça-feira, 20 de novembro de 2007

Triz

Por um triz não é soneto
a poesia de minha vida.
Cantaria os versos tão simples
quanto canto a canção perfeita.
Quartetos de mar,
tercetos de amor.
Mas se desfez o soneto
e virou tempestade.
Acalmo-me como se acalma a dor.
Logo se vai a viração,
e chega o fim da tarde.
E a poesia de minha vida
novamente
vira calmaria.

(Cássio Almeida)

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