terça-feira, 19 de junho de 2007

Mar profundo


Aqui é onde esconde-se,
esconde-se até o que eu não sei.
Na imensidão
no mar profundo da alma.
O barco que trazia,
que trazia poesia
não chegou...
Um barco sem vela
um barco á deriva.
O poeta então naufragou
no mar profundo da alma.
Alma sem fundo
barco caindo
o poeta então
eternamente nadou.
Alma sem fundo
o poeta não sabia
que na região mais profunda
também há poesia.
Eu então,
que nada sabia
na beira da praia
o mar anuncia:
_és a simples vela
que o barco precisa.
Agora entendo
quando a maré subia
trazia das profundezas
aquelas tais poesias.

(Cássio Almeida)

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