quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Fúria do mundo


O ventre da mata pega fogo
matando o filho da flor
que germinava.
A borboleta do casulo
nem saía,
e o bicho preguiça,
nem teve tempo de acordar.
Em outros cantos do planeta
o mundo monstrava toda a sua fúria.
A terra tremia de nervosa,
e o mar que era calmo,
agora devastava tudo.
A montanha com raiva
vomitava fogo.
E o vento que era brisa,
soprava a mil por hora.
Enquanto isso na mata...
Os animais gemiam de dor,
e o grito dos pássaros ecoava
um grito de socorro,
esperando "sem pena",
que o dia chore por elas.

(Cássio Almeida)

Nenhum comentário: