quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Um rio no meu quintal


Qualquer hora dessas me serve
pé na estrada e vou.
A estrada que ia, mesma estrada que vem.
E não me escapa qualquer detalhe
gravado pelos olhos.

No meu quintal há um rio
onde navega a minha imaginação
vou até onde o rio possa me levar
não tenho medo não
do que possa encontrar
pego carona na correnteza e vou.

Eu deixo para trás a minha rua,
a minha sombra da Figueira,
e vou navegando por aí.

Há um rio no meu quintal
e pouco importa onde possa me levar
uma hora chegará o mar,
uma hora chegará o mar.

(Cássio Almeida)

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